Aves de Rapina

Após a batalha de Arkhzar, o sargento armadyliano à serviço das tropas saradoministas retornou para sua província de origem, na longíqua Kandarin. Ao chegar em Donha Oriental, Alistair descobriu a cidade em um caos absoluto. O capitão da guarda, Lauthar, afirmou que os zamorakianos haviam tentado saquear a cidade depois que as tropas foram para o norte, mas foram repelidos pela guarda por pouco. Lauthar culpou Alistair por tentar negociar com os zamorakianos, o que pretensamente deu forças e coragem para que eles se aliassem com os bandosianos do leste e tentassem um ataque. Alistair seguia as ordens da Lauthar, como guarda da cidade, e foi ordenado que ele preparasse a cidade para mais um ataque. Lauthar deu ordens explícitas de que as crianças e mulheres deveriam ser empregadas na defesa das muralhas, afirmando que se eles não sobrevivessem àquele dia, todos morreriam de qualquer forma.

O sargento Alistair seguiu as ordens do Capitão, e ordenou que todos fossem em defesa das muralhas. No entanto, logo depois ele estabeleceu contato com seus irmãos armadylianos na guarda, para que preparassem uma fuga dos armadylianos da batalha. Os armadylianos viam a derrota eminente, e estavam cansados da opressão e arrogância saradominista. Após as preparações, eles fugiram para o norte, e derrubaram a ponte de madeira norte da cidade para que não fossem perseguidos. Parando no vilarejo de Enensfer, cansados da viagem, os armadylianos acamparam por uma noite.

Longe no horizonte, qualquer um poderia ver Donha Oriental queimando. Os armadylianos não tinham como saber se foram os saradoministas ou zamorakianos que ganharam, mas pouco importava agora. Não havia retorno, e ambos envolveriam os armadylianos na guerra se fosse necessário novamente. Os armadylianos precisavam de um refúgio pacífico, um lugar para se estabelecer. Então, pela manhã, o guarda Jorun, assistente de Alistair que o ajudou com conselhos durante a fuga, sugeriu que Alistair se pronunciasse para o povo de Enensfer, recrutando armadylianos ou simpatizantes para salvá-los da perseguição, e fundar um reino pacífico. Alguns homens armados e aldeões, principalmente armadylianos fugitivos da guerra, se juntaram a eles, e eles marcharam para o Norte. A viagem foi longa e extenuante, mas quando os armadylianos chegaram ao Pico dos Grifos, eles encontraram um lugar afastado e fértil, que poderiam vir a chamar de casa.

O sonho não durou muito, no entanto. Subitamente, ouvia-se o barulho de cavalos trotando pelas florestas. Muitos deles. Lauthar havia perseguido os armadylianos, e agora planejava matar os "traidores". Alistair utilizou sua experiência militar para posicionar seus 30 homens armados em falange, enquanto os civis se escondiam nas matas. No entanto, os homens de Lauthar superavam-nos em qualidade e quantidade. A batalha estaria perdida, e todos teriam morrido, se não fosse pela intervenção oportuna de criaturas lendárias aladas, que desceram de Arandar para guinchar homens armados com seus cavalos e jogá-los do alto. Os saradoministas, apavorados, recuaram, e os armadylianos se esconderam até que as criaturas tivessem ido embora. Lauthar sobreviveu, mas havia desistido... por enquanto. Alistair e Jorun acamparam durante a noite, e combinaram de explorar a área pela manhã para ver se de fato era segura.

Logo pela manhã, Alistair organizou um grupo de exploração para investigar a fenda no topo do Pico, de onde pareciam ter saído as criaturas que os salvaram no dia anterior. Descendo primeiro com uma corda, o guarda Jorun começou a explorar o abismo que ficava abaixo da fenda, e já com todo o grupo dentro da masmorra, acendeu algo que cheirava como óleo. A caverna se acendeu com o primitivo dispositivo de iluminação, revelando ruínas de um criadouro, talvez parte de uma cidade. No centro do abismo, que era ladeado por plataformas de mármore sobre as quais o grupo estava, sustentadas nas paredes das ruínas, havia um ninho de um grifo, alimentando seus filhotes. Quando a luz acendeu, este começou a ameaçar o grupo, que foi forçado a entrar em uma das câmaras para se proteger. Lá, eles encontraram uma sala belamente decorada, cercada de estátuas de mármore de homens-pássaro e grifos, sustentado por altíssimos pilares com arabescos. Dentro, uma voz misteriosa ecoaria pela sala. Logo depois, o golem se revelaria para os visitantes, passando algo como um teste para eles.

Aparentemente, o teste havia sido desenvolvido para aqueles que eram escolhidos para governar aquela cidade quando ela ainda era habitada. O nome da cidade-estado era Krish'naw, e era uma cidade criada pelos Aviantese armadylianos para tentar estabelecer uma aliança duradoura com os mortais terrestres. A cidade foi abandonada mais tarde por algum motivo, mas o golem, e o teste para o qual foi designado, permaneciam funcionando. O teste parecia simples: passar com todos os soldados para o outro lado da sala, cujo único caminho era uma ponte frágil sobre a qual o grupo deveria passar, um a um. O problema é que uma pessoa deveria ficar para segurar os pinos para o próximo passar com segurança. Ao final, os que permanecessem do lado original morreriam, e os que conseguissem passar sobreviveriam. Era um teste de virtude, e Alistair fez exatamente o que a doutrina armadyliana exigiria: que ele fosse o último a tentar atravessar a ponte, mesmo sem a segurança de alguém segurando os pinos. Jorun conseguiu segurar a mão de Alistair antes que este caísse, e todos conseguiram passar para o outro lado. O golem então revelou que Alistair havia passado no teste, e poderia seguir para a sala da coroa.

Seguindo adiante, Alistair encontraria ruínas ainda mais belamente ornadas que a anterior, com estátuas decoradas com safiras e esmeraldas. Ao fundo da sala, um altar para Armadyl, com as estátuas dos heróis da cidade no fundo, e a Coroa das Penas sobre um pedestal no centro. Quando Alistair alcançou a coroa para colocá-la sobre sua cabeça, um grifo enorme surgiria por trás de Alistair, entre ele e o grupo. Alistair usou a Coroa para controlar o grifo, pressentindo o seu poder, e sombras o atacaram subitamente. Alistair então começou a lutar heroicamente com as sombras que tentavam roubar a Coroa de si para algum ser misterioso que estava interessado no seu poder. Alistair, com a ajuda do grifo, conseguiu desbloquear as pedras que bloqueavam a entrada da luz solar na câmara e baniu as sombras de volta para sua dimensão original. Apoiando-se no seu grifo e ordenando que os armadylianos voltassem para o acampamento, Alistair começou a usar os poderes da Coroa para montar no seu grifo e voar pelos arredores, antes de finalmente retornar ao acampamento, com outros grifos atrás de si.

Quando chegou ao acampamento, Alistair encontrou dois Guardiões de Armadyl que lhe aguardavam com notícias. Eles conversaram longamente sobre a situação atual dos armadylianos após a guerra, e os Guardiões de Armadyl revelaram que com os Aviantese ameaçados de extinção e almejados pelo poder do Cajado, era melhor que um Reino Armadyliano fosse liderado por um humano. Alistair concordou, e colocou Jorun como regente de Nova Sidonia, para retornar à Donha para liderar o incipiente Reino Armadyliano, e proteger os Guardiões de Armadyl com o poder que acabara de encontrar nas ruínas de Krish'naw: os grifos.

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Alistair - 5 pontos